quarta-feira, 24 de março de 2010

(In)justiças

(In)justiças

Ora viva caros leitores!!
Antes de começar para aqui a divagar como é meu costume, gostaria apenas de saudar o regresso á actividade da associação 3Pontos, com as suas actividades pioneiras, o Contrapontos, a Célula Fotográfica bem como a participação em iniciativas ambientais e sociais,( Limpar Portugal e Start4art).
Terminando as minhas saudações, passemos então ao que «interessa»...
Durante todo este tempo de ausência,existiram situações que mereciam um texto de atenção da minha parte, por exemplo a “injustiça” de um terramoto ocorrer logo no Haiti,visto ser um país que não necessita de uma catástrofe para sofrer, poderia também escrever sobre o desastre natural que ocorreu na “nossa” Madeira, onde numa altura que se dicutia tanto sobre cortes orçamentais para aquele lugar, foi preciso uma desgraça para que o espírito de solidariedade entre o continente e aquele arquipélago viesse ao de cima, e silenciasse toda aquela discussão política...enfim desgraças, injustiças, casos e polémicas...mas, perdoem-me desde já este meu egoismo, o que de facto foi para mim o mais importante neste espaço de tempo, foi o facto de eu próprio ter sido pai...
Tenho um filho lindo( deve sair á mãe com certeza!!!) , que é um menino cheio de vida ,genica e intelegência(já diz papá!!!hehehe),e apesar tudo o que já vivi e aprendi com o Lourenço nestes 7 meses fosse suficiente para escrever uma biblia,preferi relatar a minha opinião sobre um outro menino...o Leandro.
Penso que toda gente ouviu falar do menino de 12 anos(!), que se atirou ao rio para «não apanhar mais» dos seus colegas de escola.
O meu conhecimento sobre este caso é igual ou mesmo inferior ao de qualquer pessoa que tenha acompanhado este caso num qualquer telejornal(mesmo o de 6ª feira na TVI).
Na altura que se tratou de atribuir “a culpa”, falou-se muito da responsabilidade da escola e por consequência, logo apareceram na t.v responsáveis da escola e da associação de pais a dizer que era um caso pontual, e que aquele menino nem se quer estava “referenciado”, calculo que estar referenciado, queira dizer ter que andar com os dois olhos roxos permanentemente, pois pelo que foi dito, aquele menino quando tinha 10 anos(!), já tinha sido internado num hospital vitima de «bulling»( no meu tempo eram só umas«sapas» e uns «abrunhos»).
Num outro dia e na condição de já ser pai,falava com o meu amigo Castro, acerca deste assunto, e ás páginas tantas disse-lhe que se o Lourenço um dia me chegar a casa maltratado ou andar permanentemente triste, o mais natural é que perca a cabeça e defenda o meu filho pela maneira menos correcta.A resposta do meu amigo foi rápida e lógica«-Epá!! Tu não podes ir á escola e bater num puto! Metes-te numa carga de trabalhos que não te passa da cabeça!!»
Sabes Castro...Qualquer carga de trabalhos será um fardo menor que o desaparecimento de um filho!!



Carlos Zoio

quinta-feira, 23 de julho de 2009

opções

Como carroças viajam as nossas vidas, com fome e sede da terra prometida...” (*)

Foi esta frase que me fez pensar…Afinal que terra prometida é esta??? E será esta fome e sede a essência do comportamento humano?...

Comecemos então pelo princípio. Todos os dias, a cada milésimo de segundo, temos a oportunidade de poder optar -- irei pela esquerda ou pela direita, falo com aquela pessoa ou não falo, escolho o azul ou o amarelo, continuo a escrever este texto ou simplesmente paro por aqui…

Quando se trata deste tipo de escolhas, sabemos sempre o que fazer. Não são grandes decisões e, como tal, simplesmente fazemos o que julgamos estar certo…

Mas ninguém disse que a vida era assim, tão prática e fácil. Ao mesmo tempo que estas opções são tomadas e nos preenchem o pensamento, outras, mais profundas, passam como que despercebidas. Tomam-nos como que prisioneiros de nós próprios e não nos deixam ter um direito que nos foi conferido à nascença…o direito de OPTAR.

Falo de opções de vida. Por exemplo, mudar de emprego, de casa, optar por viver noutro país, por outro estilo de vida ou até mesmo enfrentar uma qualquer civilização diferente.

Pegando no princípio, pergunto-me se não será a tal sede e fome apenas um tipo de cegueira que não nos deixa ir à procura daquela “terra”. Interrogo-me se estaremos nós assim tão insaciáveis que apenas seguimos o trilho de outras carroças que já por ali passaram.

Teremos chegado a um ponto em que apenas nos comportamos como “robots”? Estaremos destinados a seguir regras e opções que não são as nossas, durante uma vida inteira, para um dia nos apercebermos que, afinal, não chegámos a lado nenhum?

Temo que, nessa altura, seja tarde para mudar… Se assim for, então opto por não jogar esse jogo e não quero que me transportem para essa minha dita prometida… Eu vou a pé. Não tenho medo de tropeçar…

Saudações Carlos Zoio

segunda-feira, 30 de março de 2009

Teorias

“SLAMM!!!” Já está!!! Em cheio, esta melga não me volta a chatear..
E assim foi, quando me preparava para tomar um banho relaxante, daqueles em que uma pessoa não pensa em nada e fica ali imóvel durante largos minutos, que matei uma melga.
Acontece que quando a vi, ali esborrachada, pensei no tipo de morte tão cruel, com que aquela melga se tinha despedido do mundo. Já imaginaram o que era se uma superfície compacta com talvez 30 vezes o vosso tamanho vindo a uma velocidade de talvez 30 km/h e embatesse em vocês?...Deve ser horrível não acham?
O pior que tudo é que isto deitou por agua abaixo os meus planos de não pensar, durante aquele banho que tanto ansiava, pois a partir daquele momento uma sucessão de ideias tomou conta do meu pensamento.
Aquele poder de destruição que por mim tinha sido exercido sobre aquele insecto, levou-me a constatar que fazemos uso desse poder em muitos sentidos, embora que felizmente também temos a hipótese de criar...
Enquanto a pele dos meus pés ia “enregelando”, pensava que talvez de igual maneira que a capacidade de pensar é característico do ser humano, talvez a capacidade de criar e destruir também nos pertença.
Desde cedo criámos fronteiras, o que nos levou á destruição de relações intrapessoais, que por sua vez criou conceitos como xenofobia, diferença, racismo, etc...Criamos associações, organizações, partidos, e todo o tipo de grupos, para nos tornarmos mais fortes em qualquer área enquanto conjunto, mas existe sempre corrupção ,guerras de interesses, que as acabam por fragilizar ou até mesmo destruir, criamos os nossos filhos para que cresçam fortes e saudáveis, mas todos os dias insistimos em estragar o mundo em que eles vão viver...
Por isto queria aproveitar para reformular aqui a Teoria de Lavoisier, um quimico que um dia afirmou “Na natureza nada se cria e nada se destrói, tudo se transforma”, para o mundo de hoje em dia e sugeria o seguinte: Na nossa natureza tudo se cria e tudo se destrói, tudo é incógnito...
P.S- Em relação á melga peço desculpa, a todos que lhe eram queridos...


Carlos Zoio

sábado, 28 de março de 2009

Paz Verde

A sua luta é feita em prol de todos aqueles que são todos os dias atacados mas infelizmente não se consegem defender…

Arriscam-se por tudo e por todos, sem terem em mente qualquer tipo de louvores ou homenagens, e pode-se dizer que simplesmente não querem nada mas ao mesmo tempo querem tudo…

Para atingirem os seus fins, utilizam apenas “armas” primárias como correntes,marcadores ,sprays e pouco mais.Na verdade talvez a sua grande força resida na ousadia e coragem com que se manifestam e elevam valores perdidos apenas com cartazes e números arriscados. Ao contrário dos seus adversários, palavras como violência,maldade ou ganância não constam no seu dicionário…

Não se ouvem conversas de café ,acerca deles mas não precisam, porque quando actuam a sua voz faz eco nos quatro cantos do mundo e mesmo que passe despecebido a esta sociedade injusta,existe um outro mundo inteiro que lhes agradece em silêcio.. o mundo dos “irracionais”.

Chamo sociedade injusta porque se houvesse justiça, pessoas como estas estariam no mais alto degrau de qualquer pódio,porque parecendo que não esta sua luta é de todos e para todos, nós é que estamos um pouco adormecidos… mas alguém vai ter que pagar esta nossa sonolência que está a causar estas catástrofes ambientais,o desaparecimento de espécies e todo este desequilibrio geral que vivemos.Parece-me a mim que a “conta” está a chegar e se assim for, obrigado GREENPEACE por suavizarem as prestações…

Saudações

Carlos Zoio